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A terra de duas línguas. Antologia de autores transmontanos

Tipología
Libro
Localidad
Bragança
Editorial
Academia de Letras de Trás-os-Montes
Año
2011
Páginas
567
ISBN
http://hdl.handle.net/10198/5784
Sinopsis de contenido

[Resumo extraido da fonte]

Solo difícil, condições económicas e socioculturais adversas, batalha esgotante pela sobrevivência, abandono e desertificação: este panorama é ainda de hoje e cria uma relação especial com a literatura. Mas, onde quer que estejamos, trazemos connosco as raízes. Faz-se cada um embaixador do reino. A memória é a maior riqueza deste chão. As formas de produção, cumuladas em comunitarismo agro-pastoril ou em expressões de vida marcada por rituais de trabalho longa e rimaticamente descritos no Cancioneiro Popular Transmontano e Alto-Duriense (1966), de Guilherme Felgueiras, seduzem os melhores folcloristas, etnógrafos e musicólogos, dentro e fora da região e do país. Houvera acenos antropológicos ante litteram: Manuel Severim de Faria (1583-1665) jornadeara até Miranda do Douro e sua língua, que primeiramente noticiou; mais incisivo é Frei Luís de Sousa, na Vida de D. Frei Bertolameu dos Mártires (1619), descrevendo o Barroso como «um sítio tão intratável de serras e penedias, quasi sempre cubertas de neve, de picos que se vão às nuvens, de brenhas temerosas, de vales profundíssimos e passos perigosos, que mais parecem morada de feras e selvagens que de homens capazes de razão e juízo». O tom recresce, e mais quando depara com aquela «pobre gente», desamparada: «Podemos bem dizer que não havia cristandade mais que no nome.» Recebem- no, porém, com alegria e cantigas, «entre as voltas e saltos dos bailes» (1984, p. 334-335). Dentro do lapso temporal do Arcebispo (1514-1590) viveu o poeta da Castro, António Ferreira (1528-1569), casado em segundas núpcias com D. Maria Leite, de Lamas de Orelhão (Mirandela), que decerto visitou, inspirando-lhe “História de Santa Comba dos Valles”: «Conta-se que reinava um grão rei mouro / Entre Tâmega e Tua, e que ocupava / / Toda a terra de Lamas, rico de ouro». O poema, que não é longo, encerra com o «som de Tua» rimando com Lua. Merecia reedição cuidada.

ÍNDICE: Notas introdutórias ││││ Prefácio ││││ Introdução ││││ Língua Portuguesa │││ Paisagens ││ João de Lemos │ As Quatro Cordas da Lira  │ A Lua de Londres │ A Pastorinha │ Não Te Entendo, Coração ││ Álvaro do Carvalhal │ Honra Antiga │ I │ II │ III ││ Manuel Duarte d’Almeida │  Aromatografia │ Esfinge ││ Guerra Junqueiro │ A Fome no Ceará │ Aos Simples │ As Ermidas │ Eiras ao Luar │ Regresso ao Lar ││ Trindade Coelho │ Idílio Rústico ││ Augusto Moreno │ Saudosa e Esquecida! │ Lamentável Cegueira! │ Ingrata │ Versos ││ Campos Monteiro │ Quintas e Domingos ││ Aires Torres │ Mais Alto │ Crepuscular │Sol ││ João de Araújo Correia │ As Desilusões do Brasileiro Raimundo ││ Carlos Cochofel ││ Domingos Monteiro │ O Regresso ││ Paulo Quintela │ Contribuição Para um Futuro Retrato ││ Miguel Torga │ A Maria Lionça ││ Edgar Carneiro │ Elegia Trasmontana │ As Giestas │ Os Rios │ Matança │ Provérbio │ Condição │ Vindima │ A Pedra │  Azeitona ││ Armando Martins Janeira │ Mistério do Meu Povo ││ António José Maldonado ││ Amadeu Ferreira │ Márcia: O “Cão Preto” ││ Bento da Cruz │ O Serão e os Lobos ││ A. Passos Coelho │ Brasil ││ António Borges Coelho │ Montanha │ Varanda │ 1 │ 2 │ 3 │ Cerdeira │ Ao Fundo a Serra de Santa Comba │ Regresso ││ João de Sá │ A Lenda da Fraga Amarela ││ Eduarda Chiote │ Pedras │ Trevas │ O Mundo ││ António Cabral │ A Quinta do Senhor Smith │ Vista Parcial Duma Aldeia Duriense │ Pinhão, 8, 20 │ Carta a João Cabral │ A Régua ││ Nuno Nozelos │ Amores Desafortunados ││ Fernando Chiotte │ Cova de Lobo ││ Barroso da Fonte │ Em Cada Pedra │ Na Praça Pública │ Terra Violada │ Quadras Soltas ││ Joaquim de Barros Ferreira │ Um Cavalo ao Amanhecer │ A Lareira │ No Açafate de Romãs a Luz Pára ││ A.M. Pires Cabral │Arado │ I │ II │ III │Terra Mater │ Algures a Nordeste Parte Dois │ I │ II │ III ││ Modesto Navarro │ Homem d’Alguma ││ Fernão de Magalhães Gonçalves │ O Modo de Vida ││ Maria Hercília Agarez │ O Padre da Pena ││ Odete Ferreira │ Secura da Vila ││ Rogério Rodrigues │ Carta à Neta │ Stabat Mater │ Quando o Natal Chegar ││ Carlos Pires │ Amor │ Dezembro ││  Marcolino Cepeda │ Poemas │ Xii ││ Alexandre Parafita │ O Pote de Ouro ││ José Mário Leite │ Terra Prometida │ Raízes │ Nordeste ││ Manuel Cardoso │ Um Enigma ││ António Sá Gué │ A Feira ││ Fernando de Castro Branco │ Casa de Campo │ I │ II │ Bucólica │ Partilha │ I │ Miradouro da Freixiosa │ Planalto Mirandês │││ Linguagem e Memória ││ Francisco Manuel Alves, Abade de Baçal │ Cancioneiro Popular Bragançano  ││ Conde da Alemanha │ O Cura ││ Daniel José Rodrigues │ O Riodonorense ││ Sousa Costa │ O Corgo ││ Monsenhor José de Castro │ A Morte do Abade de Baçal ││ José Santa Rita Xisto │ Bragança à Luz da História e da Fantasia ││ Adriano Moreira │ A Queda de Um Anjo e a Classe Política ││ Luísa Dacosta │ Os Lugares e o Tempo ││Belarmino Afonso │ As Águas na Superstição Popular ││ Hirondino Fernandes │ Parâmio, Tu Eras Dantes ││ Afonso Praça │ Escola de Velhos ││ A. 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Última modificación
25/01/2022 - 10:07