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A fronteira de Serpa no século XVIII: Fortificações e organização do espaço
Autores
Tipología
Artigo de revista
Título da revista
O Pelourinho: Boletín de Relaciones Transfronterizas
Ano
2021
ISSN/Dep. Legal
1136-1670
Número
25
Páginas
125-142
Sinopse do conteúdo
[Resumo extraído da fonte]
O rio Chança, importante afluente do troço final do Guadiana, constituiu uma linha de delimitadora entre Portugal e Castela, desde o século XIII. Na realidade, trata-se de uma linha fronteiriça de carácter natural, utilizada, não porque o curso de água constituísse qualquer grande obstáculo físico ou separasse realidades económicas, sociais ou culturais diferentes, mas porque era funcional nas paralelas avançadas da reconquista por parte dos Estados cristãos ibéricos. Em 1707, aquando da Guerra da Sucessão de Espanha, foi através da fronteira do Chança que o exército do Duque de Osuma introduziu o seu exército em Portugal, para atacar as praças de Serpa e Moura, a primeira dotada de um pequeno forte abaluartado, do tempo da Guerra da Restauração (1640-1668), mas sustentando a sua defesa nos velhos muros medievais; a segunda sobretudo defendida por uma cerca abaluartada, também construída no século XVII. Depois de alguns meses ocupadas, as duas vilas e praças foram evacuadas pelos exércitos espanhóis, não sem antes terem feito explodir parte das suas obras defensivas. Finalizada a guerra, somente Serpa foi beneficiada com algumas obras na fortificação, apesar de tudo muito sumárias. A reconstituição deste processo histórico é feita a partir de fontes textuais e de cartografia militar coeva, portuguesa e espanhola, de grande escala, que permitem estabelecer as etapas dos acontecimentos e a relação entre as linhas defensivas levantadas e a estrutura das manchas construídas dos núcleos populacionais.
Linguagem
Tema
Palavras chave
Última modificação
2023-01-15 13:38