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Novos elementos da remota zoolatria em Trás-os-Montes

Tipología
Artículo de revista
Título de la revista

Trabalhos de Antropologia e Etnologia

Año
1981
Volumen
23
Número
1
Páginas
5-18
Sinopsis de contenido

[Resumo extraido da fonte]

No trabalho A cultura dos berrões no nordeste de Trás-os-Montes, in «Trabalhos de Antropologia e Etnologia», revista da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, Vol. XXII, fasc. 4, págs. 353 a 515, 31 desenhos e LIII Est. com figs. 32 a 131, estudámos e publicámos um total de 49 berrões proto-históricos, encontrados em Trás-os-Montes e na Beira Douro confinante.

Este número, quase meia centena, muitos deles achados em castros, levou-nos a emitir a hipótese de se poder considerar a cultura dos berrões como uma notável manifestação espiritual de veneração zoolátrica, com remotas e fortes raízes implantadas nos castros trasmontanos, e, muito possivelmente, atribuível à tribo pré-céltica dos Draganos.

O Sr. Elísio Óscar Capelas de Avelar, proprietário em Freixo de Espada-à-Cinta, que sempre foi excelente companheiro, e guia, nas pesquisas que várias vezes fiz ao Castro do Monte de Santa Luzia, escreveu-me em fins de 1974 a comunicar o aparecimento de alguns pedaços de porcos de pedra encontrados na Coraceira, terrenos circundantes e anexos ao Castro do Monte de Santa Luzia, que fica a um pouco mais de 1 km a norte de Freixo. 

Esses destroços tinham aparecido ao lavrar os terrenos da Coraceira, e os lavradores tinham-nos posto à borda dos campos.

Na companhia do Sr. Elísio Capelas Avelar ali fomos em 1 de Março de 1975 e apanhámos os novos achados. A eles aludi no final do meu trabalho acima referido em nota da pág. 515.

São sete os novos achados, a saber: 2 berrõezinhos mutilados, 2 focinhos de porcos, 1 troço cilindróide, possivelmente a metade posterior do corpo de outro berrãozinho e 2 pedras estranhas de interpretação embaraçosa. Confirmou-se a previsão, que formulei, do provável aparecimento de mais berrões.

Na Quinta de Santiago, termo da freguesia de Ligares, concelho de Freixo de Espada-à-Cinta, aparecera em 1935 um tourinho de pedra que o então proprietário da quinta, Sr. Artur de Almeida Guerra, ofereceu ao Museu de Bragança. Ali o fui estudar e o publiquei nas págs. 418 a 420 do trabalho acima citado.

Ultimamente tive conhecimento de que na Quinta de Santiago, aparecera mais um berrãozinho inteiro. Ali o fui ver e fotografar. Conserva-se em cima duma parede sujeito a ser quebrado pelo primeiro rústico, que sonhe três noites a fio que o berrão encerra no ventre um tesouro. 

Ocupar-nos-emos, embora sumariamente, dos 7 novos achados da Coraceira, do berrãozinho de Santiago, e, por fim, dos animais, possivelmente lobo e raposa, existentes nos cunhais duma velha casa da rua das Carcavelhas, em Mairos, concelho de Chaves.

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Última modificación
31/05/2021 - 18:56