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Os refugiados republicanos em Portugal e o caso de Barrancos: silêncios da História e lutas pela Memória

Autores

Tipología
Actas de congreso
Título del volumen

Lugares, tiempos, Memorias. La Antropología Ibérica en el siglo XXI

Editores del volumen

Díaz Viana, Luis (org.); Leizaola, Aitzpea; Ferrándiz, Francisco; García Alonso, María (coords.)

Localidad
León
Editorial
Universidad de León
Año
2011
Páginas
965-975
ISBN
978-84-9773-583-4
Sinopsis de contenido

[Resumo proveniente da fonte]

Nesta comunicação pretendo discutir os “usos da memória", tomando como objecto empírico e historiográfico o caso dos refugiados republicanos em Portugal durante a guerra civil de Espanha, e em particular o caso de Barrancos. O caso de Barrancos, permaneceu silenciado e omitido da história de ambos os países durante as ditaduras ibéricas, representando uma memória colectiva circunscrita à vida dos seus protagonistas e testemunhas, mas a sua mediatização transformouo num “objecto histórico". Em 2009 o governo regional da Extremadura atribuiu ao município de Barrancos o seu máximo galardão, a Medalha da Extremadura, como símbolo de reconhecimento e gratidão pela solidariedade e acolhimento a todos os estremenhos forçados a fugir do seu País em virtude de conflitos sociais e políticos. Neste caso, a mediatização mobilizou uma correlação de forças políticas de ambos os lados da fronteira, inscrevendo a memória do acontecimento na história contemporânea portuguesa e espanhola, numa versão legitimadora do presente, demonstrando como a memória representa simbolicamente um instrumento de poder. A Antropologia pode contribuir metodologicamente para o estudo de um acontecimento passado pondo em cena uma diversidade de fontes, em que a memória nos informa sobre aquilo que é mais difícil de alcançarmos; encontrar a maneira sensível, social e política onde os outros reconstroem o acontecimento, onde se reconheceram nele, ou onde o rejeitaram inexoravelmente. No âmbito do meu trabalho de investigação sobre as representações sociais da guerra civil de Espanha em Barrancos (Baixo Alentejo), entrelaço a dimensão macro da história com a dimensão micro da antropologia, cruzando fontes documentais com o trabalho de campo e histórias de vida. Mas como não existe ciência sem ideologia, compete também aos investigadores reflectirem sobre o seu papel de agentes sociais, independentemente do seu posicionamento humano e científico, pois os seus trabalhos representam sempre um compromisso com a sociedade do seu tempo.

Notas

XII Congreso de Antropología de la Federación de Asociaciones de Antropología del Estado Español (F.A.A.E.E.). “Lugares, Tiempos, Memorias. La Antropología Ibérica en el siglo XXI”. Simposio: Etnografías contemporáneas de las violencias políticas: memoria, olvido, justicia.

Lengua
Área geográfica
Última modificación
02/08/2019 - 14:27