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Medicina popular e feitiçaria nas visitações da Arquidiocese de Braga nos séculos XVI e XVII

Autores

Tipología
Artículo de revista
Título de la revista

Revista de Guimarães

Año
1993
Número
103
Páginas
67-97
Sinopsis de contenido

[Resumo extraido da fonte]

Desde os finais da Idade Média com o Renascimento e Humanismo seria de esperar um afrouxamento da magia e feitiçaria entre os homens desse tempo. A verdade, porém, é que tal não aconteceu verificando-se mas foi a sua exacerbação, mesmo entre os cientistas e pensadores. [...] O Concílio de Trento empenhou-se em erradicar dos crentes o recurso à magia, à astrologia e à feitiçaria mediante uma fé mais profunda e viva em Deus, de Quem se devia esperar e a quem se devia suplicar o auxílio na doença e nas mais dificuldades da vida. No século XVII as baterias da Igreja vão contra toda a espécie de curiosidade, falta muitas vezes julgada mortal mas não pecado capital, tanto mais perigosa quanto é proteiforme, suscitando a reprovação duma Igreja para a qual os pecados do espírito, depois de Orígenes, são objecto de grande desconfiança. Entre os curiosos enumeram-se os feiticeiros, cuja curiosidade é contra Deus e o seu mistério. Outros entregavam-se à curiosidade fútil, que os dissipava, divertia e afastava do único necessário; eram os sábios e os letrados, os coleccionadores, naturalmente as mulheres e, por vezes, ainda os confessores e os místicos. A estas duas categorias a Igreja apresentava acusações distintas: os primeiros eram ímpios porque se inscreviam na classificação tomista contra legem; os segundos eram apenas vãos, pois que, dando-se aos prazeres do mundo, pertenciam à categoria dos praeter legem. Se os escolásticos e os nacionalistas aparecem acusados, os que são alvo especial da crítica são, sobretudo, os mágicos, os bruxos e os adivinhos, porquanto na sua tentativa de penetrar no insondável recorriam ao comércio com o demónio. Os pregadores insurgiam-se especialmente contra duas formas de magia: a astrologia e as ciências da adivinhação.  

Lengua
Área geográfica
Última modificación
17/06/2021 - 20:25