[Resumo extraído da fonte] 

Nas últimas décadas, tanto em Portugal como na Galizia, surgiu um conjunto de estudos, que muito contribuiu para o aprofundamento do tema das relações entre as populações sediadas de um e do outro lado do rio Minho, facto que nos apraz mencionar, sobretudo no âmbito da Historia Medieval, embora também o mesmo se possa afirmar para a época Moderna. Neste movimento clarificador das verdadeiras relações aí existentes ao longo dos séculos, para além dos estudos de natureza política -nem sempre os mais exeplificativos e estimulantes- ocupam um lugar de relevo os estudos de natureza económica, cultural, religiosa e cultural, cujas cambiantes vão progressivamente recortando com maior nitidez os tipos de relações, que, apesar da fronteira política, sempre vigoram, quer entre as populações que bordejam as margens do rio Minho, quer entrrrre as que se alinham ao longo da fronteira terrestre, para as quais no quotidiano, os marcos divisórios são praticamente destituídos de sirgnificado. Por tudo isto, conhecemos, agora, um pouco melhor, os matizes do intercâmbio económico e o mútuo interesse das mecionadas populações -particularmente galega- de vizinharem entre si, de acordo com os pedidos formulados, a D. Alfonso V, quando, em 1462, visitou o Minho (tendo chegado só a Monção); conhecemos e valorizamos convenientemente a poliforme importância das peregrinações a Santiago de Compostela na aproximação galaico-minhota; é patente a documentada frequência com que, no século XV, de modo particular das dioceses galegas de Tui, Orense, Santiago de Compostela, Mondonhedo, acorriam a Braga e a outros pontos desta Arquidiocese, candidatos aos vários graus de ordens, quer que se tratasse de ordens menores, quer de ordens maiores, incluindo o presbiterado, chegando alguns a permanecerem em Portugal durante largos meses; abunda também a documentação sobre a mobilidade do clero -não só de minoristas, mas também de presbíteros e prelados -nos dois snetidos da fronteira, no contexto dos acontecimentos políticos de 1388-1385, sendo elevado o numeor de clérigos exiliados em todos os reinos hispânicos, com maior incidência nas dioceses mais próximas de Portugal.