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Clima e devoção na Terra de Miranda durante a Idade Moderna

Tipología
Artículo de revista
Título de la revista

Trabalhos de Antropologia e Etnologia

Año
1987
Volumen
27
Número
1-4
Páginas
201-222
Sinopsis de contenido

[Resumo extraido da fonte]

O domínio do tempo foi sempre algo de impossível e misterioso na vida do homem de todas as épocas e continentes. A resistência regular ao clima e a todas as precipitações atmosféricas, que a moderna meteorologia dos nossos dias explica, ultrapassa o poder intelectual e a força física do homem, apesar do progresso fantástico que a ciência moderna atingiu nos dias em que vivemos. A regulação do tempo levou os povos mais remotos a recorrer ao sagrado poder invisível e à celebração de ritos e preces, que se repetem nos nossos dias, significando expressão de medo e inferioridade para uns, incapacidade de resolução e impotência, para outros, e ainda humildade e devoção para aqueles que reconhecem humana e cristãmente a existência de um Deus Omnipotente e Omnisciente. Face às forças naturais que o homem, ainda hoje, não pode vencer, qualquer atitude é compreensível, muito especialmente entre a gente de um povo que, como o nosso do Planalto, viveu e vive ainda quase exclusivamente dos produtos que a Terra Mãe lhe vai trazendo, tantas vezes transformada em madrasta que pouco mais produz do que espinhos e abrolhos. Seria de grande interesse levar a cabo um estudo profundo sobre o clima e a sua acção e influência no carácter e modo de ser da gente da Terra de Miranda, desde tempos remotos, mas vamos deixar só um breve apontamento nestas poucas linhas que seguem, fundado em alguns documentos, que encontrámos em investigação recente, e que vão desde 1594 a 1803. São inéditos que consideramos do maior interesse, sob o ponto de vista histórico e antropológico

Lengua
Área geográfica
Última modificación
20/11/2021 - 11:05