[Resumo extraído da fonte]

Muito antes das Guerras Púnicas que viriam a acelerar a abertura da LusitÂnia a uma nova forma de colonização, já na antiga cidade de Myrtilis habitava uma comunidade de mercadores, cujos negócios se relacionavam directa ou indirectamente com o Oriente Mediterrânico. Esta cidade e o seu longo e destacado papel histórico seriam imcompreensíveis sem este convívio permanente com as grandes rotas marítimas enquanto estas não começam a desviar-se para Lisboa e a abrir-se ao Atlântico. O ouro, extraído quase puro nos chapéus de ferro de toda a faixa piritosa e a prata explorada nas jazidas de galena das serras da Adiça e de Portal, foram a mais antiga e decisiva motivação para um prolongado intercÂmbio com os mercados consumidores do Oriente. Como a expansão e consolidação do Império Romano, Mértola, importante testa-de-ponte militar, torna-se também o porto de escoamento agrícola dos férteis barros de Beja, cidade que entanto se tornara a capital provincial.