Bibliografia multidisciplinar da fronteira Portugal-Espanha

[Resumo extraído da fonte] 

A nossa pesquisa baseia-se na recente descoberta que fizemos de uma série de registos de entradas e saídas de doentes militares do Hospital Real de Vila Viçosa sob adminitração da Santa Casa da Misericórdia desta vila alentejana, acontecendo que a maior parte deles era oriunda dos regimentos aquartelados em Olivença entretanto, como o compreendemos, com algumas companhias destacadas na vila ducal. Abrangem un largo período de 37 anos, exactamente desde Janeiro de 1770 até Setembro de 1807. Nem antes nem depois destes limites cronológicos encontrámos, em livros ou cadernos do mismo título, quaisquer outros registos de militares. Trata-se, pois, -assim julgamos- de fontes informativas de maior interesse para a história de Olivença e suas relações com Vila Viçosa, compartilhando, aliás, sempre em boa vizinhança, ambos os povos muitas glórias e vicissitudes comuns, dando-se as mãos no mesmo empenho de defesa de valores históricos e culturais da alentejana pátria igual de seis séculos. 

[Resumo extraído da fonte]

Antes do aparecimento dos primeiros profissionais da arte médica (os físicos), tornara-se absolutamente necessário que aquelas pessoas a quem a doença atormentara, bondosamente indicassem aos infelizes portadores de enfermidades semelhantes a maneira coma as tinham debelado, para que, pela imediata aplicação da experimentada terapêutica, se libertassem, possìvelmente e depressa, de incómos e sofrimentos. 

Foi, com certeza, desta premente e constante necessidade informativa, que nasceu o remotíssimo costume de se exporem os doentes nos caminhos mais trilhados, para que esclarecidos transeuntes lhes indicassem o conveniente tratamento, colhido em alheia ou própria experiência. 

A existência desta primitiva prática, que os antigos escritores referem em relação a diversos povos do oriente, e aé mesmo do norte da península ibérica, corre também aqui, acerca da origen da povoação de Bemposta e da remota antiguidade do lugar do Algosinho, modesta aldeia, que geralmente se aponta como o mais idoso povoado da região. 

ÍNDICE: Empirismo regional | Coxos | Quebranto ou mau olhado | Belidas e carnegões | Oração a Santa Luzia, advogada da vista | Erisipela e erisipelão | Desmanchos | Lombrigas | Ares | Rotura infantil | O parto | Sezões | Dores de garganta e constipações | Reumatismo | Sarna e ronha | Cólicas | Impigens | Icterícia | Furúnculos e escrófulas | Queimaduras e frierias | Hemorródias | Caspa | Infáncia | Golpes | Doenças de animais

[Resumo proveniente da fonte]

As linhas que se seguem resultamem grande medida da leitura da recensão bibliográfica à terceira parte dos Monumenta Linguarum Hispanicarum (= MLH IIl) de Jürgen Untermann, elaborada por CORREA (1993a). Apesar de já nos termos ocupado desta obra do insigne investigador alemão no vol. 30 da revista Conimbriga (FARIA, 1991b), achámos que valia a pena voltar a tratar dela à luz dos comentários do Prof. Correa. sobretudo os que incidiram sobre o emprego das vibrantes em escrita meridional (CORREA, 1993a, p. 330).